O filme aqui apresentado tem como nome “Estão Todos Bem” (EUA /
Itália), direção de Kirk Jones, duração de 100 minutos, pela Distribuidora
Buena Vista, formado pelo elenco de Robert De Niro, Sam Rockwell, Kate
Beckinsale, Drew Barrymore, Katherine Moennig, Melissa Leo, James Frain,
Brendan Sexton III, Lily Mo Sheen, Seamus Davey-Fitzpatrick, Ben Schwartz.
Na produção “Estão Todos Bem”, De Niro nos apresenta um viúvo que
resolve fazer uma viagem para tentar reunir e entender os problemas da família.
Nesse longa, o lado dramático é forte e não existem muitos espaços para humor. A história começa nos apresentando Frank Goode, homem que perdeu
recentemente a esposa e se vê aposentado, perdido em afazeres domésticos
aparentemente banais. Com a intenção de juntar os quatro filhos na mesma
mesa, e assim unir sua família, o pai elabora uma recepção calorosa,
compra um bom vinho, uma churrasqueira nova, acessórios para mostrar com
orgulho a seus filhos. Mas as coisas não saem como planejado, e todos eles
acabam cancelando o encontro devido a vida atarefada que levam. Cada um com seu
álibi. Frank decide então fazer uma surpresa para todos eles, e parte em uma
longa viagem. Nesta peregrinação, desaconselhado por seu médico, perguntas e
respostas começam a aparecer, fazendo entender o porquê do distanciamento que
sua família acabou tomando. Mesmo com a saúde precária, o homem enfrenta horas
de viagem, de ônibus e trens – pois viajar de avião não seria uma boa para os
pulmões dele, como disse enfaticamente seu médico – apenas para falar “oi” a
seus filhos e perguntar se estão felizes.
Nesta romaria, encontra rostos abatidos pela vida, e a honestidade
que havia entre os filhos e sua mulher parece não existir com ele. Vendo-os
rapidamente como as crianças que eram, o homem começa a perceber que nada mais
é como antigamente e que para ele é difícil enxergar que seus filhos cresceram
e enfrentam dilemas, decepções, rumos mal traçados ou mesmo não esperados.
Mas uma situação em particular atenua a preocupação de todos os
irmãos. O filho David, de personalidade mais forte, aparentemente desapareceu
de forma inesperada. Frank não sabe de nada, mas desconfia auspiciosamente,
assim como todo pai o faria. Em meio a diversos problemas claramente profundos,
a tentativa honesta e corajosa do pai ir atrás de seus filhos, gera um
resultado positivo, por mais difícil que ele pareça.
A crítica se baseia na seguinte tese: que devemos aprender a valorizar as pessoas
que temos. Que através desse filme, o diretor Kirk Jones, com muita
honestidade, tenta nos mostrar que uma “família perfeita” é difícil de se
encontrar, e nisso vemos a importância que devemos dar nas pessoas que temos ao
nosso redor. Finalizando, o filme traz uma história simples, se a compararmos a
um cinema onde mais da metade dos lançamentos envolve explosões, rapidez e
muito retorno financeiro. O longa vai devagar, mostrando a vida como ela é.
Para ele (Frank Goode) é complicado ver que as coisas não saíram exatamente
como haviam sido planejadas, mas mesmo com desvios quase certos a vida de um
pai com seus quase 70 anos, descobrindo uma forma de aceitar que a vida tem, no
final, “Estão Todos Bem”.
Já falado no parágrafo anterior, é um
filme que possui uma história simples, que indica a vida de um pai com seus
quase 70 anos, descobrindo uma forma de aceitar a vida como ela é. Para ele é
complicado ver que as coisas não saíram exatamente como haviam sido planejadas.
Mostra que quando jovens chegam a tal idade, já responsáveis por si mesmos, com
afazeres, ainda mais morando longe de seus pais, dá a perceber que todo esse
vínculo que filhos têm com seus respectivos pais quando eram mais novos, já não
existe mais, fazem coisas por si mesmos e já não dão tanta importância aos pais,
isso quando se chega em uma idade, como muitos dizem por aí, a idade onde você
é “dono de si mesmo”. É nisso que podemos ver o quão fundamental é dar valor a
não só quem gostamos, mas a quem gosta de nós, a quem cuidou de nós por toda a
vida.
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