O XADREZ DA CULTURA – Lévi-Strauss
Claude Lévi-Strauss (* Bruxelas, Bélgica – 28 de novembro 1908 d.C + Paris, França – 31 de outubro de 2009 d.C
Antropólogo francês, considerado um dos grandes intelectuais do século XX.
Citações
“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador”. Antropologia Estrutural, 1967.
Citações
“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador”. Antropologia Estrutural, 1967.
Em 1952, a pedido da Unesco, ele escreveu um artigo chamado Raça e história, em que criticava a ideia de raça e o etnocentrismo entre os povos, além de outros pontos.
Para falar sobre a ideia de que existiram culturas que não se moveriam ou se transformariam e o etnocentrismo, ele deu o exemplo do deslocamento do cavalo no jogo de xadrez.
Tal qual um jogo de xadrez, na qual as peças se movimentam pelas casas pretas e brancas, cada uma delas caminham de maneira diversa uma das outras: a torre em linha reta; o bispo na diagonal; o peão somente para frente, e o cavalo, aos saltos, somente caminha em ‘L’.
De forma análoga, as culturas, por serem diversas, também se desenvolvem como jogo de xadrez. Tome-se o cavalo: as culturas andam em ‘L’, ou aos saltos; elas não andam todas em linha reta, sem seguem todas a mesma direção. Cada uma segue um sentido e uma linha de raciocínio que lhe é própria. Por esse motivo é equivocado considerar errada ou pouco evoluída a cultura que segue uma direção diferente da nossa, como se todas devessem seguir a mesma direção, como se todas devessem andar da mesma forma. Cada cultura tem seus interesses próprios e, assim, um ritmo, velocidade e direção de desenvolvimento que são seus. Não andam, ou se desenvolvem, em linha reta.
Para ilustrar a questão do objetivo ou das necessidades, em suma, o que é mais importante?
Para um pigmeu, mais importante do que saber quem descobriu o Brasil, ou quais são os tipos de climas do mundo, é saber quais plantas são comestíveis e quais são venenosas, quais podem ser usadas como remédio e quais não podem.
Para um brasileiro que almeja se tornar advogado, mais importante é adquirir os conhecimentos necessários para entrar na faculdade do que conhecer quais são as plantas venenosas numa floresta, pois não lhe será de muita utilidade.
Assim é que aquilo que é importante para um talvez nem seja relevante para o outro. Assim também funciona com as culturas: cada uma atinge o seu objetivo de uma maneira e tem objetivos diferentes.
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Fontes: (SÃO PAULO-SEE, Caderno do professor: sociologia, EM, 1ª S., V.3, pp.18-19; http://www.biografia.inf.br/claude-levi-strauss-antropologo.html)
adorei,me ajudou muito,muito bem resumido e elaborado.
ResponderExcluirEste assunto foi tema de minha última aula! Muito bom!
ResponderExcluirMeus alunos participaram e adoraram a comparação que o Antropólogo fez.