sábado, 27 de fevereiro de 2010

PRE SOCRATICOS

1 - Introdução

Costuma-se dividir a filosofia grega em três grandes períodos, que veremos a seguir.
* período pré-socrático (sécs. VII e VI a.C); os filósofos das colônias gregas (Jônia e Magna Grécia iniciam o processo de desligamento entre a filosofia e o pensamento mítico.
* período socrático ou clássico (sécs. V e IV a.C.) o centro cultural passa a ser Atenas; desse período fazem parte Sócrates e seu discípulo Platão, que posteriormente foi mestre de Aristóteles; o pensamento organizado e sistemático de Platão e Aristóteles influenciará durante séculos a cultura ocidental; também os sofistas são deste período e foram duramente criticados por seus contemporâneos.
* período pós-socrático (sécs. III e II a.C.): caracteriza-se pela expansão macedônica sobre os territórios gregos e formação do império de Alexandre Magno, que se estende por regiões da Ásia e parte do norte da África; após a morte de Alexandre, inicia-se a época helenística, marcada pela influência oriental; as principais expressões filosóficas do período pós-socrático são o estoicismo e o epicurismo.


2 - O que foi o período dos pré-socráticos

Os pré-socráticos foram os primeiros pensadores que, nas cidades gregas da Ásia Menor por volta do séc. VI a.C.,procuraram desenvolver formas de explicação da realidade natural, do mundo que os cercava, independentemente do apelo a divindades e a forças sobrenaturais. É nesse sentido que dizemos que os filósofos pré-socráticos romperam com a tradição mítica, e é por isso também que deno­minamos seu pensamento de naturalista, por visar explicar a natureza (physis)a partir dela própria, entender os fenômenos com base em causas puramente naturais.
Dos pré-socráticos conhecemos apenas fragmentos e isso demonstra a dificuldade para estudos sistemáticos ao longo da História da Filosofia sobre esses autores. Há uma linguagem diferente e, em alguns casos, nada destes filósofos foi preservado, restando referências apenas a partir de citações realizadas por outros nomes da Antiguidade, como Platão e Aristóteles. Esta "escassez" de fontes, no entanto, não deve limitar o alcance e a contribuição dos pré-socráticos para a tradição filosófica posterior. Os pequenos fragmentos que nos restam servem para apontar a busca de uma totalidade que marcou e ainda marca diversas obras filosóficas.
Os pré-socráticos são agrupados em "escolas" pautadas por critérios geográficos e "temáticos". Nem todos os pré-socráticos viveram antes de Sócrates, mas são assim denominados por suas investigações sobre a physis.

3. Principais representantes das escolas pré-socráticas

Escola Jônica (Ásia Menor): Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito de Éfeso, Diógenes de Apolônia.

Escola Pitagórica (Magna Grécia): Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona.

Escola Eleata (Magna Grécia): Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia, Xenófanes de Colofão.

Escola Atomista (Trácia): Leucipo e Demócrito de Abdera.

Outros filósofos: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazomena.
___________________
FONTES (ARANHA, M.L.; MARTINS, M.H.P. Filosofando. S.Paulo: 2004, págs.118-119
FRANÇA, L. Noções de história da filosofia. R.Janeiro: Agir, 1949, págs.34 e 39.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. R.Janeiro: Jorge Zahar, 2005, págs.11-12.
JAPIASSÚ, H., MARCONDES. Dicionário básico de filosofia. R.Janeiro: Jorge Zahar, 1996).

119 comentários:

  1. cade o argumentos???????????????????????????????

    ResponderExcluir
  2. Caro,
    a intenção e o propósito desta postagem são apenas de divulgação. Se, no entanto, você quiser/precisar detalhes sobre o período, por gentileza, escreva-nos e tentaremos adicionar.
    Até mais.
    Prof.FredBandeira

    ResponderExcluir
  3. Eu gostaria de saber quais foram as contribuições dos pré-socráticos para o pensamento contemporânio.

    ResponderExcluir
  4. Olá,
    a preocupação dos pré socráticos em apontar para o início, o princípio, o que eles chamaram de arché, para nós, nos cobra a consciência em relação à Terra e à Natureza. Claro que eles não pensaram a "ecologia" como nós a temos hoje, porém, não dá para negar que eles se importavam com Gaia (Terra). Seguindo por essa trilha, podemos aproximar essa consciência pré socrática à percepção atual da valorização do planeta.
    Pense que não era por mero capricho que Tales colocou a água em suas preocupações: sem água, sem seres; e por acaso, não é isso que nos preocupa: a água.
    Até mais!

    ResponderExcluir
  5. Precisava de saber o contríbuto dados pelos filósofos pré socraticos, sff

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      podemos verificar essa contribuição de duas maneiras: em comparação com as outras subdivisões dentro da filosofia e em relação a ela mesma. Primeiro, em relação às subdivisões. Se nos detivermos na fase mitológica (onde tudo tinha um quê de divino), para os pré-socráticos, ainda que haja a contribuição dos deuses, existe uma necessidade de algo mais concreto, mais próximo dos seres humanos que seja responsável pela concreção dos seres que eles podiam ver, tocar e saber da existência. Pense que eles retiram dos deuses a responsabilidade material da vida e a colocam na própria natureza.
      Se quisermos ainda, os pré-socráticos fazem um esforço danado para colocar tudo sob um único centro, uma unidade até então buscada. Ainda que cada um deles possa falar de um centro, mesmo assim não invalida a tentativa de buscar a coesão e completude de um ser no outro ser, como se todos tivessem, por essa origem comum, o mesmo valor.
      Veja se é isso sobre o que você está precisando.
      Até mais.

      Excluir
    2. gostaria de saber qual a diferençã fundamental entre a axlpicação dada pelos pre socraticos

      Excluir
  6. Caro Anônimo,
    (mesmo depois de olhar o post anterior) os pré-socraticos como que retiram dos deuses a responsabilidade da vida, da tisteza, da felicidade e a colocam como sendo causas naturais, isto é, na natureza do ser humano.
    Com a sua observação, limitada e não esclarecedora, fica difícil para um comentário mais amplo. Até mais.

    ResponderExcluir
  7. quais são as diferenças temáticas entre os pré-socraticos e os filosofos do periodo classico?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      além da temporalidade, da mentalidade e mesmo da postura diante da abordagem em relação à vida, uma das diferenças que me chama a atenção é que os pré-socráticos tinham como centralidade o arché (o pricípio universal, aquilo que liga todos os seres, o elã comum da criação). Os filósofos do período clássico não se ocupam dessas questões justamente porque elas já eramm conhecidas e estabelecidas, e então, a preocupação é a busca da felicidade (a eudaimonia). Já sabiam que havia um princípio comum, então, como fazer para alcançar a felicidade. É daqui que vão se diferenciar os pensamentos de Sócrates, de Platão e de Aristóteles. Imagine você, que um atleta (pré-scorático) lança um dardo adiante de si; um segundo atleta (clássico), não se importa em voltar lá linha de chegada para relançar o dardo; antes disso, pega o dardo onde ele caiu e lança mais a frente. É isso!
      Até mais.

      Excluir
  8. como platão supera as doutrinas dos pré-sócraticos heráclito e parmêndes?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      muito boa a sua questão sobre "superação". Em Filosofia ela não é posta como numa competição, numm jogo, porque se for nessa tônica, terei de lhe dizer que NÃO houve superação. No entanto, se "superar" fazer menção a "dar uma resposta ou um outro olhar", então teremos de admitir que o gênio de Platão superou aos pensamentos antagônicos justamente quando os junta em sua construção dos mundo das ideias e do mundo sensível. Ainda que "superação", "gênio" e outras características possam não agradar a todos os leitores de Platão, não como negar que alguém que escreveu há tanto tempo do modo como ele fez, só pode ser coisa de gênio.
      Até mais.

      Excluir
  9. ola professor eu sou o geison faço pedagogia aqui em rondonia
    queria saber qual e a conclusao geral desse pre socratico ?
    gostaria que respondesse agora por favor .

    ResponderExcluir
  10. Olá,
    a primeira conclusão é que tudo o que ocorre em nosso mundo há uma explicação plausível e concreta, isto é, decorre de um elemento natural, ou da physis, minimizando o poder e a intervenção mítica dos deuses.
    Até mais.

    ResponderExcluir
  11. bom dia!
    gostaria q respondesse qual o sentido e a importancia da contribuiçao dos filosofos pre-socraticos para a formaçao e o desenvolvimento da tradiçao filosofica. muitissimo grata!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite,
      meu caro, vou "colar" um post e torço para que seja isso que você precisa:
      "Olá,
      podemos verificar essa contribuição de duas maneiras: em comparação com as outras subdivisões dentro da filosofia e em relação a ela mesma. Primeiro, em relação às subdivisões. Se nos detivermos na fase mitológica (onde tudo tinha um quê de divino), para os pré-socráticos, ainda que haja a contribuição dos deuses, existe uma necessidade de algo mais concreto, mais próximo dos seres humanos que seja responsável pela concreção dos seres que eles podiam ver, tocar e saber da existência. Pense que eles retiram dos deuses a responsabilidade material da vida e a colocam na própria natureza.
      Se quisermos ainda, os pré-socráticos fazem um esforço danado para colocar tudo sob um único centro, uma unidade até então buscada. Ainda que cada um deles possa falar de um centro, mesmo assim não invalida a tentativa de buscar a coesão e completude de um ser no outro ser, como se todos tivessem, por essa origem comum, o mesmo valor".

      Veja se é isso sobre o que você está precisando.
      Até mais.

      Excluir
  12. Olá,
    como você mesma aponta, há uma tradição filosófica por trás de toda a filosofia. É por essa tradição que os filósofos sisplemente não podem desprezar ou fazer pouco caso daquilo que foi alcançado ou postulado por seus anteriores. Cabe aqui uma questão de polidez e sensatez em dizer que, olhe o que foi dito antes e continue a partir daqui. Assim, grosso modo, os pré-socráticos estão na base da filosofia, pois a partir deles é que houve a mudança do mitológico para o racional, para o concreto assentado na natureza. Há, ainda, aqueles que são tomados como "de fora" da tradição, porém, se olharmos mais detidamente, ninguém nasce filósofo mas vai se tornando a partir de pressupostos vividos e pensados e por falar em viver ou pensar, antes de nós mesmos já havia aqueles e aquelas que viveram e pensaram em coisas que nós, muitas vezes, nem ousamos. É isso.
    Até mais.

    ResponderExcluir
  13. Professor, to feliz pela atençao!
    Estarei p aqui no objetivo de entender essa ciencia q me parece ainda um tanto complexa.....
    MUITO obrigada!
    Cleide SSA-BA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Cleide,
      fique à vontade para fazer comentários, responder, dar sua contribuição e, claro, perguntar.
      Até mais.

      Excluir
    2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS PENSADORES GREGOS PÓS- SOCRATICO DO PENSAMENTO DE SANTO AGOSTINHO

      Excluir
    3. Olá, Anônimo,
      para que a resposta seja satisfatória, vamos partir do princípio que TODOS que vieram depois de Sócrates são chamados de pós-socráticos, inclusive Santo Agostinho; quando você coloca "os pensadores gregos pós-socráticos" deveria eu entender que você se refere ao período helenístico.
      Se, e se somente se, a minha inferência estiver correta, vamos a ela:
      1º os gregos, uma maior parate, ainda pensavam a filosofia como busca da felicidade, mas uma felicidade individual, subjetiva, pautada na razão;
      2º Santo Agostinho, ainda que falasse sobre a razão, colocava-a como serva da teologia;
      3º os gregos daquele período enquanto que buscavam uma significação em si mesmos, uma busca pela interioridade, pois a felicidade, a justiça não estariam mais na polis ou nas leis;
      4º Santo Agostinho centrava tudo isso em Deus;
      5º os gregos tinham pensamentos profanos, pagãos;
      6º Santo Agostinho marca a consolidação do pensamento cristão;
      Por fim,
      7º os gregos precedem a magnitude do Império Romano;
      8º Santo AGostinho vive a derrocada do Império.
      Até mais

      Excluir
  14. Olá, meu caro,
    por "paradoxos" podemos entender como aquilo que é contrário, dessa forma, o P. de Zenão pode ser entedido como algo contrário do que aquilo que é proposto, o que não nos levaria a lugar algum; por outro lado, P. também pode ser entendido como "fato incrível" (dicionário priberam), aí então, o P. de Zenão ganha uma amplitude tremenda, pois que, algo tomado por comum pode (e não deve) ser visto como simples ou sem valor; ele carrega em si uma estupenda maravilha, basta que queiramos enxergar ou tenhamos fôlego para descobri-la. Depende, então, da qualidade do sujeito em relação ao objeto. É isso!
    Até mais.

    ResponderExcluir
  15. bom dia, professor!
    gostaria de uma opiniao a respeito dos sofistas.Protagoras e Gorgias foram filosofos ou meros mestres da retorica e manipuladores de opinioes? Ha controversias fortes a respeito?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, bom dia!
      No campo das opiniões, tanto faz um "sim" ou um "não", justamente porque se trata de opinião e não necessita tanta justificativa; vale o gosto, a aproximação, enfim, ao talante de cada um.
      Quanto o que diz a história, isso é lá mais sério. Górgias de Leontine (G.) (485-380 a.C) merece respeito, pois não somente foi um cético convicto como também demonstrou a incapacidade de se conhecer algo. O seu próprio discurso também dele desconfiava, pois que, em se tratando de linguagem, G. dizia que em linguagens tudo é arbitrário e as próprias palavras traem o pensamento, logo, tudo é absurdamente incerto e confuso, isto é, não se pode ter certeza de nada.
      Protágoras de Abdera (P.) (séc V. a.C) também não pode ser considerado "mero" em qualquer coisa. Se assim o fosse não mereceria uma obra dedicada pelo grande Platão. Ninguém se dá ao luxo de escrever sobre "meros". P. é grande porque chama a atenção para a responsabilidade do sujeito: "o homem é quem dá a medida das coisas", dizia. Não é mais os céus, os deuses ou a natureza, a partir de agora é o homem que tem de tomar para si as rédeas de seu viver.
      Diante disso, não dá para colocá-los como "meros" alguma coisa. Temos, sim, de considerá-los como grandes pensadores, e até mesmo colocá-los em igualdade com os filósofos já consagrados. Até mais.

      Excluir
  16. Passando do periodo pre-socratico, como posso entender a retorica e a oratoria como artes do discurso?

    ResponderExcluir
  17. Olá, um bom começo para a sua questão é entender o que venham a ser retórica (R.) e Oratória (O.). Nas definições temos que a própria R. é essa arte de bem falar, de persuadir a quem nos serve de ouvinte, diante de um público, para ganhar a atenção e, consequentemente, sua causa. Nela encontramos a persuasão e a vontade de agradar. Para os antigos, a R. englobava tanto a arte de bem falar - ou eloquência - como o estudo do discurso ou as técnicas de persuasão até mesmo de manipulação (http://afilosofia.no.sapo. pt).
    Por Oratória (O.), a arte de falar em público de forma estruturada e deliberada, com a intenção de informar, influenciar, ou entreter os ouvintes. A oratória refere-se ao conjunto de regras e técnicas adequadas para produzir e apresentar um discurso e apurar as qualidades pessoais do orador.
    Feitas essas considerações, tanto R. quanto O. podem e devem ser usadas para bem se trabalhar os discursos de modo a produzir satisfação em seus ouvintes. É a arte empregada as técnicas, pois de muito pouco valeria saber o que é algo se se não dá conta de transmiti-lo. O que ocorre é que nem sempre esses dois andam juntos. É isso!
    Até mais.

    ResponderExcluir
  18. ola gostaria de saber o que representa a metafora do sol?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      "metáfora do sol" não me parece muito um tema pré-socrático, e eu, por hora, não saberia discorrer apropriadamente sobre a sua questão; no entanto, posso lhe informar sobre o Sol para os gregos num período antes dos pré-socráticos e que perpassa por eles, está bem!
      O Sol é conhecido como Hélio, que também personifica a luz. Os gregos lhe atribuíam diversos amores e a paternidade de Fáeton (luz, chama, fagulhas) e Circe (dotada de magia). Segundo a crença, o S. atravessava o cèu conduzindo seu carro e desde lá vigiava as ações dos homens. Era venerado sobretudo em Rodes, onde tinha uma estátua imensa (o colosso de Rodes), localizada no fundo do porto da cidade. É isso!
      Até mais.

      Excluir
  19. - Olá, gostaria de saber qual foi o sentido e a importância da contribuição dos filósofos pré-socráticos para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Rayan,
      vou transcrever um post (já anotada acima!) e você, por gentileza, verifica se lhe ajuda:
      "Olá,
      podemos verificar essa contribuição de duas maneiras: em comparação com as outras subdivisões dentro da filosofia e em relação a ela mesma. Primeiro, em relação às subdivisões. Se nos detivermos na fase mitológica (onde tudo tinha um quê de divino), para os pré-socráticos, ainda que haja a contribuição dos deuses, existe uma necessidade de algo mais concreto, mais próximo dos seres humanos que seja responsável pela concreção dos seres que eles podiam ver, tocar e saber da existência. Pense que eles retiram dos deuses a responsabilidade material da vida e a colocam na própria natureza.
      Se quisermos ainda, os pré-socráticos fazem um esforço danado para colocar tudo sob um único centro, uma unidade até então buscada. Ainda que cada um deles possa falar de um centro, mesmo assim não invalida a tentativa de buscar a coesão e completude de um ser no outro ser, como se todos tivessem, por essa origem comum, o mesmo valor".
      té mais.

      Excluir
  20. Bom dia, professor!
    Tenho duas questoes a respeito de Platao e gostaria,se possivel q me ajudasse a esclarecer. A primeira é como podemos entender a relaçao entre o pensamento de Platao e o de seu mestre Sócrates. A segunda, qual o sentido do dualismo platônico.
    Obrigada pela atençao!

    ResponderExcluir
  21. Olá,
    vamos por partes:
    1º Para Platão, Sócrates (S) é o modelo de homem. S. é a perfeição em matéria de moralidade, pois foi alguém se dedicava à polis a vida. Até então se sabe também que não há uma obra (textos, livros) escrita por Sócrates e todo o seu conhecimento nos chegam por seus dois biógrafos Xenofonte e o próprio Platão. Merecer ser descrito, tomado como modelo e ser eternizado por alguém, só pode ser fruto de uma relação muito próxima. Assim, entende-se que a relação de S. com Platão era de muita estreiteza e de admiração;
    2º Em partes o dualismo platônico se deve a essa convivência com S. e em partes, a um Platão mais maduro. Sim, porque em contrário, ele mesmo o teria revisado, como se dá em "As leis". Esse dualismo encarado por Platão é uma resposta ao antagonismo criado em Parmênides (a fixidez do ser) e em Heráclito (a fluidez do ser). Platão, trabalhando com essas ideias, entende que no meio de todas as tranformações vivenciadas pelo homem (mundo sensível) têm de haver algo que permaneça e que não pereça com o tempo (mundo intiligível). Platão é, sobretudo, um crente, próprio de seu tempo. É isso.
    Até mais.

    ResponderExcluir
  22. Boa noite, professor!
    A cada dia descubro coisas novas e estou adorando!
    Tenho uma pergunta:
    "Qual o sentido da missao político-pedagógica do filósofo?"
    Obrigada pela atençao de sempre!
    Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito boa noite, Cleide,
      a sua questão é interessante e merece uma atenção especial pois eis que fala sobre missão. Tomemos essa "missão" na visão socrática como sendo um "dever": o filosófo tem de falar, de apontar, de não calar quando todos já o fizeram. Talvez seja esse o propósito maior do blog: a divulgação.
      1º. Quanto ao político (permita-me tomar em separado!), todos aqueles que fazem~ou praticam ações na cidade (do gr. polis) é um político, por natureza. Ora, se somos políticos, nada mais correto que nos empenharmos para que a nossa cidade seja a mais correta e contar com a ação de todos. Cidade feliz, cidadão feliz. De acordo com o princípio grego, não se entende um cidadão fora/apartado da cidade (leia-se tudo como polis/político).
      2º. Quanto ao pedagógico, vale lembrar que pedagógico também siginfica acompanhar, estar junto, e até mesmo proteger, pois era essa a função dos pedagogos. É pedagógica a missão do filosófo porque tem de, ao apontar o outro olhar para a realidade, o filósofo tem de participar/conviver com aquilo que trata. Os exemplos quedarão mais convincentes do que os discursos.
      Finalizando, a missão político-pedagógico do filósofo está em não se furtar diante do que se apresenta, tentando apontar para o melhor caminho e participar ativamente do que discursa, para que não seja como um sino que dobra e ninguém ouve.
      Até mais.

      Excluir
  23. Em que sentido pode ser dito que a obra de Platao representa uma longa reflexao sobre a decadencia ateniense?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro,
      Platão foi um filósofo profundamente marcado pelos descalabros processados em Atenas: junta-se a sua origem de família de político, adicone o julgamento e a morte de Sócrates, seu mestre, e misture tudo em uma sociedade, onde quem governa não faz por mérito ou em razão de intelecto privilegiado, senão por tradição, poder ou influência.
      Platão, homem a frente de seu tempo, culto e ciente das necessárias transformações, vê a sua cidade sendo mal conduzida não consegue agir no sentido de "desbaratar tudo", opta por uma solução mais condizente a sua engenhosidade: escreve e ensina na Academia.
      Até mais.

      Excluir
  24. Em que sentido se destaca o pensamento dos pitagoricos e qual sua especificidade no contexto dos pré-socraticos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      vamos tentar assim: os pré-socráticos são também conhecidos por filósofos da natureza, não é? Pois bem, no geral, esses filósofos transferem da divindade o início de tudo para algo mais palpável, concreto, em última instância, em algo natural. Até tudo bem se lembrarmos da água (Tales), o ar (Anaxímenes), o infinito (Anaximandro), o fogo (Heráclito) e outros mais. Tudo o que vemos ou sentimos. E o que diz dos pitagóricos?
      Esse é o detalhe: o número não é um ente natural(concreto, palpável); ao contrário, o número é um ente de razão (não existe na realidade). Talvez se pudermos entender o destaque e a importância dos pitagóricos em subverter a ordem dos naturais, podemos enxergar a maravilha dos pitagóricos.
      Para os pitagóricos o número é a aché, o princípio universal, porque dele resultaria todas as demais, sem contudo perder a unidade com o número primordial, porque tudo é um, ou a adição a esse ou a não-adição a esse um(o que comumente tomamos por subtração). O mesmo apeiron (ilimitado de Anaximandro) deveria ter o seu limite, e é justamente aqui que se poderia mensurá-lo, e quando se trata de medida, nada melhor do que o "NÚMERO".
      Foi Pitágoras que bolou toda essa concepção por começar a entender que as ocorrências eram frutos ou de uma adição de valores ou da não-adição de valores. Assim acontece na matemática pura, na música, nas ações cotidianas... tanto para mais quanto para menos, somente variando na quantidade de números (pontos, ou qualquer coisa que se acrente ou se não-acrescente).
      A partir daqui é possível imaginar que as ações e seus resultados seriam baseados em uma vida regrada, controlada e ascética, tentando a melhoria.
      Pitágoras e seus ensinamentos seguirão pela história até chegar na construção do pensamento de Platão e, em decorrência, no platonismo e, posteriormente, nos neo-platônicos.
      Até mais.

      Excluir
  25. Sentido e importancia da contribuição dos pré-socráticos p a formação e desenvolvimento da tradição filosofica?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      vou transcrever um post (já anotada acima!) e você, por gentileza, verifica se lhe ajuda:
      "Olá,
      podemos verificar essa contribuição de duas maneiras: em comparação com as outras subdivisões dentro da filosofia e em relação a ela mesma. Primeiro, em relação às subdivisões. Se nos detivermos na fase mitológica (onde tudo tinha um quê de divino), para os pré-socráticos, ainda que haja a contribuição dos deuses, existe uma necessidade de algo mais concreto, mais próximo dos seres humanos que seja responsável pela concreção dos seres que eles podiam ver, tocar e saber da existência. Pense que eles retiram dos deuses a responsabilidade material da vida e a colocam na própria natureza.
      Se quisermos ainda, os pré-socráticos fazem um esforço danado para colocar tudo sob um único centro, uma unidade até então buscada. Ainda que cada um deles possa falar de um centro, mesmo assim não invalida a tentativa de buscar a coesão e completude de um ser no outro ser, como se todos tivessem, por essa origem comum, o mesmo valor".
      Até mais.

      Excluir
  26. quais sao ae principais caracteristicas da patristica e da escolastica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Anônimo,
      seria melhor se está pergunta viesse junto à Filosofia Medieval. Você teria como postá-la novamente, por gentileza? Ficarei imensamente grato e farei o meu possível para respondê-la prontamente. Muito obrigado!
      Até mais.

      Excluir
  27. Suas explicações são mt boas!!!!!
    Parabéns!! Vc é um ótimo professor online!!!!

    ResponderExcluir
  28. GOSTARIA DE SABER PORQUE OS SOFISTA NAO PODE SER CHAMADO DE FILOSOFO??

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, caro Anônimo,
      existe uma história descrita pela humanidade e uma outra história escrita pelos homens; entre a primeira e a segunda, somente nos damos conta da segunda, que é o registro a partir de alguém. Posto isto, a divisão entre quem é o sofista e quem não é o sofista ficou por conta dessa segunda história, a escrita pelos homens, conhecida na posteridade.
      Dada a nossa impossibilidade de retornar ao período em que eles viveram e travarmos diálogos ou participarmos de suas oratórias, aceitamos a classificação e a divisão que a eles foram impostas: filósofo é o amante da sabedoria; sofista é o amante da oratória.
      Minhas desconfianças quanto a estas divisões me conduzem a não separá-los dessa forma, em razão mesmo dos serviços e dos rumos apontados por uns (filósofos) e por outros (sofistas) - mas isso já seria uma terceira história.
      Até mais.

      Excluir
  29. OLÁ BOM DIA PROFESSOR,
    SOU ADELSON, FAÇO CIÊNCIAS CONTÁBEIS AQUI EM GV/MG, GOSTARIA DE LHE INDAGAR EM TRÊS TÓPICOS SOBRE O PENSAMENTO PRÉ-SOCRÁTICO.
    01 - QUAIS OS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DO PERÍODO;
    02 - RESUMA O MOBILISMO E A DIALÉTICA DE HERÁCLITO;
    03 - RESUMA O CONCEITO DE SER EM PARMÊNIDES.

    DESDE JÁ MUITO OBRIGADO.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, caro Adelson, muito boa noite.
      Vou lhe responder baseando-me num antigo manual, presenteado por um respeitável mestre, que na ocasião me pediu que o usasse em favor de outrem (F.A.Girotto, 2012)
      01 - quais os principais características do período: os filósofos deste período se preocuparam quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade. Pelo modo de a encarar e resolver, classificam-se os filósofos que nele floresceram em quatro escolas: 1ª escola jônica (o universo estático); 2ª escola itálica (o universo ígneo); 3ª escola eleática (o universo imutável); 4ª escola atomística (o universo mecânico);

      02 - resuma o mobilismo e a dialética de Heráclito: Heráclito (535-475 a.C.) pertenceu à escola jônica, porém aos jônicos posteriores, isto é, aqueles que se distinguiram dos primeiros, em razão de virem cronologicamente depois e, sobretudo, por imprimirem outra orientação aos estudos cosmológicos, encarando o Universo no seu aspecto dinâmico e procurando resolver o problema do movimento e da transformação dos corpos. Na busca pela arché (princípio universal), H. afirma a mutabilidade de todas as coisas, o panta rei, pois tudo se acha em perpétuo fluxo, a realidade está sujeita a um vir-a-ser contínuo. E como de todos os elementos, o móvel por excelência é o fogo, do fogo fez H. o princípio fundamental de todas as coisas. É a inda a preocupação dos antigos jônios de determinar um elemento único, como origem comum de todos os seres. Na dialética heraclitiana se encontra o processo de dois elementos que ora se fundem e se tornam um terceiro elemento, distinto dos dois primeiros, como ele mesmo expôs em relação ao fogo. No princípio era o fogo, que se identifica com a divindade, por um processo natural, do fogo (em oposição a ele) teve origem o mundo; por um processo de“extinção”transformou-se em água e depois em terra. Por um novo processo de “ascensão”, a terra volta a ser água e a água tora a fogo. Assim a “luta”separa os elementos , e a “concórdia” tende a reconduzi-los ao fogo donde provieram. Nestas vicissitudes em que a luta vai demolindo o trabalho da concórdia, o triunfo final caberá à concórdia. Mas então intervirá a divindade, construindo um novo mundo, em que as duas forças antagônicas entrarão de novo em ação.

      03 - resuma o conceito de ser em Parmênides: Parmênides (530-444 a.C), pertenceu a escola dos eleatas, que firmaram o universo no panteísmo idealista, em oposição ao panteísmo naturalista das escolas precedentes; discípulo de Xenófanes, é metafísico e distingue duas ordens opostas de conhecimento: a sensitiva que nos leva à opinião (enganadora, ilusória) e a intelectual (fundada na evidência dialética, nos conduz à verdade). Enquanto que a primeira é percebida pelos sentidos, que dão conta do mutável, do múltiplo, do contingente; a segunda somente é alcançada pela razão, que capta o âmago de todas as coisas numa realidade única: o ser (ou ente). Esse ente, não podendo vir do não-ente (ex nihilo nihil), ´euno, eterno, ingênito, imóvel, indivisível, imutável, homogêneo, contínuo e esférico (esfera, figura perfeita). O mundo fenomenal não passa de uma ilusão captada pelos sentidos. Nas sua cosmologia do aparente, P. ensina que todas as coisas são compostas de dois princípio: luz-trevas, calor-frio, isto é, de fogo e terra.
      Até mais.

      Excluir
  30. em que sentido a metafisica aristotelica critica a teoria das ideias de platão

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro Anônimo,
      A crítica se dá pelo ponto de partida para atingir o conhecimento. Segundo o parecer de MEIER (2010,p.169), já no texto de abertura do tratado Metafísica, Aristóteles expõe a sua concepção de saber (gnosis), em seu sentido geral, e de como se dá o processo de construção do conhecimento, até chegar à teoria. Se, se fizer uma relação com a concepção que Platão tem do processo do conhecimento, ver-se-á que Aristóteles, apresenta uma concepção mais linear, sem rupturas ou desvios. O conhecimento obtido numa fase leva para a outra, que por sua vez pressupõe o anterior; esse processo vai da sensação à ciência (teoria), passando pela memória, pela experiência e pela arte (técnica).

      Excluir
  31. quais são as diferenças temáticas entre os pré-socráticos e os filósofos do período clássico????é para um trabalho!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Israel, boa noite!

      faça-me um favor: procure pelo link abiaxo (ou cole na sua barra de endereço) e veja se seria o suficiente para você!
      http://jaueras.blogspot.com.br/2010/02/pre-socraticos.html?showComment=1326997347889
      Até mais!

      Excluir
  32. boa noite prof e muito obrigada
    vc me ajudou muito !!!!!!!!!

    ResponderExcluir
  33. Muito obrigado prof. o senhor me ajudou em um trabalho, porém, o senhor não respondeu uma questão acima e eu queria repetila prara o senhor responder, se o senhor conseguir e não for encômodo também

    Quais as principais características da patrística e da escolástica?
    Obrigado novamente e até mais....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Silfarney Jr.
      Vamos a elas:
      1º Patrística: No século II (final da Antiguidade), encontram-se os primeiros esboços de representações da filosofia cristã, os chamados padres apologistas (que fazem a defesa, que, conhecedores da filosofia grega, aproximam os ensinamentos de Cristo aos conceitos racionais, desenvolvidos pelos gregos. Dessa forma, pode-se verificar que o cristianismo nascente não somente se espalhava pela plebe (povo simples) como também pela classe mais culta, dada aos estudos. Entre os apologistas podem ser citados: São Aristides, São Justino, Taciano, Atenágoras, São Teófilo de Antioquia, Minúncio Félix, Tertualiano e Flávio Justino (São Justino Mártir) ... Clemente Alexandrino, Orígenes, Santo Ambrósio e, sem dúvida de valor, Santo Agostinho, que muniu a fé de argumentos racionais, isto é, buscou a conciliação entre o cristianismo e o pensamento pagão (espero não ter cometido a falta de não mencionar alguém que o merecia) (CHALITA, 2004, pp.105-130).
      2º Escolástica: No século VIII, Carlos Magno, rei dos francos e aliado da Igreja, organizou o ensino e fundou escolas ligadas às instituições católicas. Com isso, a cultura grego-romana voltou a ser divulgada. Sob a tutela da teologia, o trivium (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium (geometria, aritmética, astronomia e música), dão margem ao surgimento das universidades e as primeiras produções filosófico-teológicas denominadas escolástica. Pode ser divida em três fases: 1ª harmonia entre fé e razão; 2ª a harmonia pode ser parcialmente alcançada; 3ª disputas sobre as diferenças entre fé e razão. Merecem destaques as contribuições dos religiosos mendicantes como é o caso de São Boaventura, Beato Duns Scotus, Frei Guilherme de Ockan de um lado; de outro, Pedro Abelardo e a incontestável contribuição de Santo Tomás de Aquino ( COTRIM, 2010, pp. 210-217).
      Até mais.

      Excluir
  34. Boa noite professor.
    Como se pode interpretar o sentido e a relevância dos paradoxos de Zenão?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro Anônimo,
      Vou tentar responder de duas maneiras:
      1ºde forma resumida: Os argumentos usados por Zenão demonstram as dificuldades pelas quais passou o pensamento racional para compreender conceitos como movimento, espaço, tempo e infinito, entre tantos outros.
      2º de forma mais detalhada: vou colocar novo post sobre Zenão e os paradoxos, cujo conteúdo demonstra um pouco mais sobre esse "obscuro" modo de pensar.
      Até mais.

      Excluir
  35. qual a diferença entre pré socraticos para socrates ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      vou colar aqui para você uma resposta/situação em que, me parece, segue a mesma dúvida:
      "Olá,
      além da temporalidade, da mentalidade e mesmo da postura diante da abordagem em relação à vida, uma das diferenças que me chama a atenção é que os pré-socráticos tinham como centralidade o arché (o pricípio universal, aquilo que liga todos os seres, o elã comum da criação). Os filósofos do período clássico não se ocupam dessas questões justamente porque elas já eramm conhecidas e estabelecidas, e então, a preocupação é a busca da felicidade (a eudaimonia). Já sabiam que havia um princípio comum, então, como fazer para alcançar a felicidade. É daqui que vão se diferenciar os pensamentos de Sócrates, de Platão e de Aristóteles. Imagine você, que um atleta (pré-scorático) lança um dardo adiante de si; um segundo atleta (clássico), não se importa em voltar lá linha de chegada para relançar o dardo; antes disso, pega o dardo onde ele caiu e lança mais a frente."
      Até mais.

      Excluir
  36. poderi ter ilustraçao. seria melhor, mas me ajudou bastante esse site..
    obrigado!!!><

    ResponderExcluir
  37. "sobre a atualidade das contribuições dos pré socráticos para o pensamento contemporâneo" responder da forma mais simples possivel, obrigado desde já!

    ResponderExcluir
  38. por que , para os filosofos cristaos da idade media , a filosofia nao é a busca da verdade ?

    ResponderExcluir
  39. Q5: leia as citações de Parmênides e explique seu significado.Compare-o com o pensamento de Heráclito.
    "[..] por outro lado, "o ser" imóvel nos limites de seus poderosos liames, é sem começo e sem fim; pois geração e destruição foram afastadas para longe, repudiadas pela verdadeiras convicção.Permanecendo idêntico e em um mesmo estado,descança em si próprio,sempre imutavelmente fixo e no mesmo lugar"

    ResponderExcluir
  40. o seguinte trecho retirado do mito da caverna é uma alusão a morte se sócrates. "... E nao matariam, se pudessem, a quem tentasse libertá-los para a luz".? Explique-o

    ResponderExcluir
  41. em que sentido pode ser dito que a obra de platão representa uma longa reflexão sobre a decadencia da democracia ateniense ?

    ResponderExcluir
  42. qual foram os principais pensamentos e envestigações dos pre-socraticos?

    ResponderExcluir
  43. Caro professor Fred Bandeira,

    gostaria, antes de mais nada, parabeniza-lo pelo site. No entanto, humildemente, gostaria de chamar a atenção para um termo que, ao meu ver, não se aplica ao pensamento pré-socrático. O sr. fala em inicio, quando na verdade arché se refere à origem ou principio, mas nunca inicio, pois para os pré-socráticos o mundo é desde sempre, ou seja, o mundo não foi criado ou causado, de modo que não pode ter um inicio.

    Fábio Santos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fábio Santos, muito obrigado pela observação/correção. Eu, que me considero um crítico e criterioso com as palavras, acabei me traindo em relação à tradução equivocada do termo. Fico imensamente grato por sua ajuda. Até mais.

      Excluir
  44. olá professor! eu gostaria de saber o que representa a filosofia pré-socrática

    ResponderExcluir
  45. Olá Jaueras Bandeira, boa tarde!

    Gostaria de ter uma comparação com os pré – socráticos com: Socrático, Platão e Aristóteles.

    Obrigada!

    ResponderExcluir
  46. eu queria saber qual a regiao de origem

    ResponderExcluir
  47. 0là, tenho um trabalho para fazer e queria saber se é possivel me ajudar.

    1-porque os pre-socraticos podem ser considerados os indicadores do pensamento cientifico?

    2-o que distinguia o pensamento dos pre-socraticos do pensamento mitico?

    ATT.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      podemos verificar essa contribuição de duas maneiras: em comparação com as outras subdivisões dentro da filosofia e em relação a ela mesma. Primeiro, em relação às subdivisões. Se nos detivermos na fase mitológica (onde tudo tinha um quê de divino), para os pré-socráticos, ainda que haja a contribuição dos deuses, existe uma necessidade de algo mais concreto, mais próximo dos seres humanos que seja responsável pela concreção dos seres que eles podiam ver, tocar e saber da existência. Pense que eles retiram dos deuses a responsabilidade material da vida e a colocam na própria natureza.
      Se quisermos ainda, os pré-socráticos fazem um esforço danado para colocar tudo sob um único centro, uma unidade até então buscada. Ainda que cada um deles possa falar de um centro, mesmo assim não invalida a tentativa de buscar a coesão e completude de um ser no outro ser, como se todos tivessem, por essa origem comum, o mesmo valor.
      Veja se é isso sobre o que você está precisando.
      Até mais

      Excluir
  48. olá gostaria que você fizesse uma analise crítica sobre o pensamento de parmendeses e heraclito na formação da sociedade

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você poderia partir do princípio de que há aqueles que se aproximam mais de uma teoria e negam a outra, e aqueles que preferem o caminho contrário, fazendo encaixar uma ou outra como justificativa de seus próprios interesses.

      Excluir
  49. comente as divergencia erte os filosofos pre socraticos

    ResponderExcluir
  50. olá,professor Bandeira
    meu nome é Fernanda

    por favor me ajude nas perguntas que o fiz no dia 12 de março 2013
    tenho q entregar o trabalho e estou tendo muita dificuldade em faze-lo,trabalho fora e não tenho muito tempo em casa.

    ATT.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Queria saber oque os filosofos pré socráticos pensavam sobre a realidade?

      Por favor, responda.

      Excluir
    2. Pensavam que era possível explicá-la racionalmente, superando a antiga explicação mitico/religiosa dada pelos poetas, rapsodos ou escritores conhecidos, como o caso de Hesíodo e Homero.

      Excluir
  51. Olá , queria saber qual a importância da contribuição dos filósofos pré-socráticos para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica?
    Agradeço a compreensão.
    Obrigada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foram eles quem patrocinaram o uso da razão para dar uma explicação natural à realidade - chão para os que vieram depois deles.

      Excluir
  52. Defina através do dicionário os termos relativismo e ceticismo.

    ResponderExcluir
  53. qual e a conclusão dos quatros principais periodos filosoficos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não tem uma conclusão, pois que esses períodos são apenas uma forma de classificar o conjunto de pensamentos que apontam para uma direção ou centro.
      Pelo mesmo motivo que é fácil para apontar para a "explicação de algo" na Filosofia Antiga, para a "questão da fé" na Filosofia Medieval, para a "razão" na Moderna - porque nós já passamos por elas; a dificuldade em pontuar a da Filosofia Contemporânea reside em estar vivendo-a, isto é, sem um fim.

      Excluir
  54. prof:
    quais as diferencias temáticas entre os pré socráticos e os filosafos do período clássico

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. além da temporalidade, da mentalidade e mesmo da postura diante da abordagem em relação à vida, uma das diferenças que me chama a atenção é que os pré-socráticos tinham como centralidade o arché (o pricípio universal, aquilo que liga todos os seres, o elã comum da criação). Os filósofos do período clássico não se ocupam dessas questões justamente porque elas já eramm conhecidas e estabelecidas, e então, a preocupação é a busca da felicidade (a eudaimonia). Já sabiam que havia um princípio comum, então, como fazer para alcançar a felicidade. É daqui que vão se diferenciar os pensamentos de Sócrates, de Platão e de Aristóteles. Imagine você, que um atleta (pré-scorático) lança um dardo adiante de si; um segundo atleta (clássico), não se importa em voltar lá linha de chegada para relançar o dardo; antes disso, pega o dardo onde ele caiu e lança mais a frente.

      Excluir
  55. Gostaria de saber a importância dos pré-socráticos investigarem a busca pela verdade?

    ResponderExcluir
  56. Boa noite Professor .. Meu nome é Jessica e preciso fazer um trabalho mas não encontrei nada que falasse a respeito .. gostaria que me dissesse sobre as contribuições dos Pré Socráticos para a formação do conhecimento humano .. Obrigada desde já :D

    ResponderExcluir
  57. Quais as diferenças entre as ideais de justiça do período mítico e do período pré-socrático?

    ResponderExcluir
  58. Qual a contribuição dos pré-socráticos para a filosofia ?

    ResponderExcluir
  59. Oi, sou estudante de filosofia. Gostaria de saber em que sentido pode-se afirmar que o pensamento de pitágoras foi um marco em relação aos pré-socráticos?
    Por favor me ajude porque ainda to iniciando.

    ResponderExcluir
  60. Quais são as diferenças temáticas entre os prés-socráticos e os filosofos do periodo classico? u.u

    ResponderExcluir
  61. Me fale mais sobre o 'período socrático'(socrátes,aristóteles e platão),obrigado.

    ResponderExcluir
  62. olá, meu nome e antonia campos
    preciso de exemplo. os sofistas na atualidade?
    e os socraticos na atualidade! nao deixe de me dar exemplo dos mesmos na historia antiga.
    grata!

    ResponderExcluir
  63. eu queria saber por que os filósofos clássicos (Sócrates, Platão e Aristoteles) se opõem aos sofistas?

    ResponderExcluir
  64. qual a importancia dos pre socraticos para o surgimento da filosofia na grécia

    ResponderExcluir
  65. Ola professor gostaria que me ajudasse em uma questão.
    Apresente as características do pensamento socrático sobre o homem e demonstre as distinções em relação ao pensamento sofístico. Será que vc pode me ajudar?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. pq vc ñ mostra qem é q ficaria mais facil pri li explicar

      Excluir
  66. gostaria de saber qual a importancia dos pre-socraticos para a filosofia?

    ResponderExcluir
  67. pq vcñ mostra seu nome pra ficar mais facil para o professor.. ou vc ñ pode mostra seu rosto pq eee professor...ontonio carlos...

    ResponderExcluir
  68. 1 SABEMOS QUE A FILOSOFIA NASCE DA CONTESTAÇÃO DO CONHECIMENTO MITICO. OQ E MITICO?

    2 QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE MITO E FILOSOFIA ?

    3 SABEMOS TAMBÉM QUE A FILOSOFIA QUESTIONOU O SENSO COMUM O QUE E SENCO COMUM? QUAL A DIFERENÇA ENTRE SENSO COMUM E FILOSOFIA

    4 QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA FILOSOFIA ? A QUEM SE ATRIBUIU A INVENÇÃO DESTA PALAVRA ?

    5 QUAIS AS CONDIÇOES HISTORICAS QUE PROPICIARAM O SURGIMENTO DA FILOSOFIA NA GRECIA ?

    6 QUAIS ERAM AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇOES DO FILOSOFOS PRE SOCRATICOS OU FILOSOFOS DA NATUREZA?

    7 QUEM FOI TALES DE MILETO QUAIS AS SUAS TEORIAS FILOSOFICA ? COMENTE QUE

    8 ANAXIMANDRO E ANAXIMENES TAMBÉM ERAM DE MILETO COMO TALES QUAIS ERAM SUAS RESPOSTAS FILOSOFICAS? QUE ARGUMENTOS UTILIZARAM?

    9 QUEM FOI O FILOSOFO APONTADO COMO O PAI DO ATOMISMO ? POR QUE ESTE TITULO LHE FOI ATRIBUIDO?

    10 QUAIS AS CARACTERISTICAS DA FILOSOFIA DE PARMÊNIDES ?

    11 QUAIS AS CARACTERISTICAS DA FILOSOFICA DE HERACLITO ?

    12 QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE OS PRÉ SOCRATICOS E OS FILOSOFOS CLASSICOS A RESPEITO DAS QUESTOES FILOSOFICAS ? COMENTE SOBRE A PREOCUPAÇÃO DESSES FILOSOFOS DE CADA UM DESSES PERIODOS

    13 QUEM ERA OS SOFISTAS? O QUE ENSINAVAM?

    14 QUEM FOI SOCRATES ? COMO ERA O SEU JEITO DE SER DE AGIR E DE FILOSOFAR?

    15 POR QUE ATENAS CONDENOU SOCRASTES A MORTE ? COMO SE DEU ESTA CONDENAÇÃO

    16 POR QUE A RELAÇAO ENTRE OS FILOSOFOS PRINCIPALMENTE SOCRATES E OS SOFISTA ERA TÃO CONTURBADA ?

    17 QUEM FOI PLATÃO ? EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRE O MUNDO SENSIVEL E O MUNDO DAS IDEIAS

    18 QUEM FOI ARISTOTELES? QUAL A DIFERENÇA FUNDAMENTAL DE SUA FILOSOFIA EM RELAÇÃO Á DE PLATÃO?

    19 NO QUE DIZ RESPEITO A TEORIA DO CONHECIMENTO COMO PLATÃO E ARISTOTELES EXPLICAM A FORMÇÃO DO CONHECIMENTO?

    20 POR QUE ARISTOTELES COM A TEORIA DO ATO E POTENCIA DEU NOVA RESPOSTA AO PROBLEMA ENCONTRADO POR PARMÊNIDES E HERACLITO ? ARGUMENTE

    ResponderExcluir
  69. quero que comente essa frase dita por heraclito a morte traz a completa extincao da alma para almas e morte tornar-se agua e para agua e morte tornar-se terra e de terra nasce agua e de agua alma

    ResponderExcluir
  70. queria que comentasse a seguinte frase de heraclito: que o fogo esta misturado a diferentes tipos de incensos

    ResponderExcluir
  71. por favor me responda porque e um trabalho e tenho de responder isso depois de amanha

    ResponderExcluir
  72. alguém sabe contextualizar nos dias atuais cada um dos quatros grandes períodos da filosofia clássica grega: Período pré-socrático ou Cosmológico; período socrático ou antropológico; Período sistemático e Período helenístico ou grego romano.?

    ResponderExcluir
  73. Quero saber sobre as principais teorias e contribuições para a sociedade?

    ResponderExcluir
  74. professor quais as principais dificuldades em se estudar os filósofos pré-socraticos

    ResponderExcluir
  75. gostaria de saber qual a importancia dos pre-socraticos para a filosofia?

    ResponderExcluir
  76. ver resposta: 23 de março de 2013 17:14

    ResponderExcluir
  77. Ola, Prof. gostaria de saber qual a importancia da democracia na filosofia socratica?

    ResponderExcluir
  78. Qual a relação entre a filosofia Pré Socráticos e a filosofia de Platão?

    ResponderExcluir
  79. olá , Gostaria que justificasse essa afirmação de que as ideias de Platão são Jônica, eleatica e pitagorica !

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vamos lá, mas não serão mais do que conjecturas! Por saber que Platão vem na linha do tempo após estas escolas, diríamos que há nele sim um acento de síntese entre os pensamentos, que em princípios contraditórios de Parmênides (pensamento eleático) e de Heráclito (pensamento jônico) e o terceiro, somente por exposição neste quadro, o pitagórico. Enquanto que o primeiro dizia que há uma imutabilidade, Platão o aproxima do valor da ideia (a ideia permanece), o segundo dizia da transformação/mudança, ao que Platão diz também dos graus de desta mesma ideia (que vai se purificando). Quanto ao pensamento pitagórico, podemos citar o fato da metempsicose, da qual Platão também mostrava respeito pelas vidas e estágios que a vida oferecia. Até mais

      Excluir
  80. Olá boa noite, a filosofia pode ajudar na formação pensadores cristãs?

    ResponderExcluir
  81. olá professor gostaria que mim ajudasse. Opine e comente a respeito da Importância dos filósofos pós socráticos, conhecidos como helênicos , escolha um dos pós-socráticos e desenvolva.
    Meu nome é FABIANA ESTUDO SERVIÇO SOCIAL

    ResponderExcluir
  82. Oi professor
    Queria saber, quais foram os elementos e fenômenos da natureza estabelecidas como princípio de tudo segundo os filósofos pré-socrático?

    ResponderExcluir
  83. olá caro professor Jaueras
    me chamo Maria Eduarda e estou cursando um bacharelado em humanidades,
    gostaria de saberquais as características da "tradição filosófica da racionalidade entre os pré-socráticos"

    Desde já muito obrigada!

    ResponderExcluir
  84. olá claro professor
    gostaria de sabe teria como vc me explicar como era o pensamento pré-socrático e em que consiste essa mudança essencial no projeto filosófico a parti do sócrates

    ResponderExcluir
  85. olá gostaria de saber qual a importãncia do pensamento pré-socrático para a ajustiça e para o direito

    ResponderExcluir