domingo, 2 de maio de 2010

DESCARTES, René

RENÉ DESCARTES (1596-1650) nasceu na França, de família nobre. Aos oito anos, órfão de mãe, é enviado para o colégio dos jesuítas de La Flèche, onde se revela um aluno brilhante. Termina o secundário em 1612, contente com seus mestres, mas descontente consigo mesmo, pois não havia descoberto a Verdade que tanto procurava nos livros.

Decide procurá-la no mundo.

Viaja muito. Alista-se nas tropas holandesas de Maurício de Nassau (1618). Sob a influência de Beeckmann, entra em contato com a física copernicana. Em seguida, alista-se nas tropas do imperador da Baviera. Para receber a herança da mãe, retorna a Paris, onde frequenta os meios intelectuais. Aconselhado pelo cardeal Bérulle, dedica-se ao estudo da filosofia, com o objetivo de conciliar a nova ciência com as verdades do critianismo. A fim de evitar problemas com a Inquisição, vai para a Holanda (1629), onde estuda matemática e física.

Escreve muitos livros e cartas. Os mais famosos:

1. O discurso do método

2. As meditações metafísicas

3. Os princípios da filosofia

4. O tratado do homem

5. O tratado do mundo

Convidado pela rainha Cristina, vai passar uns tempos em Estocolmo, onde morre de pneumonia.

Suas frases mais conhecidas:

"Toda filosofia é como uma árvore cujas raízes são a metafísica e as ciências os ramos"

"O bom senso - ou razão- é o que existe de mais bem repartido no mundo"

"Jamais devemos admitir alguma coisa como verdadeira a não ser que a conheçamos evidentemente como tal"

"A proposição penso, logo existo é a primeira e mais certa que se apresenta àquele que conduz seus pensamento com ordem"

Toda obra de Descartes visa a mostrar que o conhecimento requer, para ser válido, um fundamento metafísico. Ele parte da dúvida metódica; se eu duvido de tudo o que me vem pelos sentidos, e se duvido até mesmo das verdades matemáticas, não posso duvidar de que tenho consciência de duvidar, portanto, de que existo enquanto tenho essa consciência.

O cogito é, pois, a descoberta do espírito por si mesmo, que se percebe que existe como sujeito: eis a primeira verdade descoberta para o fundamento da metafísica e cuja evidência fornece o critério da ideia verdadeira. Assim, a metafísica é fundadora de todo saber verdadeiro.



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FONTE: (JAPIASSU, Dicionário filosófico, pp.66-67)

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