domingo, 2 de maio de 2010

GRAMSCI, Antonio

ANTONIO GRAMSCI (22/01/1891 Ales -27/04/1937 Roma) Nascido numa família de poucos recursos, Antonio era o quarto filho, dos sete, de Francesco Gramsci, um profundo contestador da política da Sardenha. Antonio Gramsci, político e pensador marxista italiano, foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 1921, sendo nomeado seu secretário geral em 1924. /eleito deputado logo em seguida, foi preso pelo regime facista, vindo a morrer na prisão, onde compôs grande parte de sua obra teórica. Para Gramsci, o marxismo deve ser interpretdo como uma filosofia da praxis", como uma prática política revolucionária com uma firme base teórica.
Dizia que a classe dominante, para governar com eficácia, necessita criar o consentimento popular, também chamado de hegemonia, através da ideologia. Isso se daria por meio da educação, da religião e da mídia. E por esse mesmo motivo, acreditava que a classe trabalhadora só teria um papel revolucionário se desenvolvesse uma consciência revolucionária. Isso seria possível através do desenvolvimento de uma contra-ideologia, uma ideologia proletária construída por intelectuais ligados à classe operária que, nessa missão, deveriam assumir lugares estratégicos nas escolas, sindicatos, associações, jornais etc.
Divergiu da interpretação oficial do marxismo na Uniao Soviética sob Stálin, e procurou recuperar os elementos dialéticos hegeleianos da teoria marxista. É considerado um dos inspiradores do eurocomunismo contemporâneo. A maior parte de usa obra foi publicada postumamente, destacando-se as Cartas das prisão (1947) e os Cadernos da prisão, 6 volumes (1964). Toda a sua formação e seus escritos devem ser colocador sob o signo da história e do historicismo. Porque seu pensamentocrítico se elabora a partir de três questões básicas:
1. por que história?
2. como a história?
3. que história
E é em sua representação do marxismo que vai encontrar suas razões da história: "os cânones do materialismo histórico só são válidos post factum", não devendo tornar-se uma hipótese sobre o presente e o futuro.
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FONTE: (JAPIASSU, Dicionário Básico de Filosofia, p.119; CONTRIM, Fundamentos da Filosofia, p.205)

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