Heidegger é o
filósofo da crítica do esquecimento. Para ele, a história da filosofia
ocidental é marcada pelo esquecimento da verdade. Ele próprio fez essa
experiência quando se afilou ao nazismo, tendo de ocultar suas verdades e suas
referências para poder seguir naquela situação.
Lúcia SANTAELLA, ao
comentar, Heidegger, trás que para ele:
A história da filosofia ocidental é a
história do esquecimento da fonte da verdade. Esta não se confunde com a
correspondência simples e referencial entre proposições definidas e uma
realidade externa e fixa, mas é um evento de desvelamento e revelação (1994,
p.92).
Heidegger se lembra
do desvelamento e da revelação. Ora, esses dois termos se aproximam muito do
vivido por ele em tempos de catolicismo. Não que em ambos os termos tenham o
mesmo significado e o mesmo significante. Contudo, é sintomática essa retomada
pelo filósofo.
Tanto no desvelamento
quanto na revelação apontados por Heidegger, o que está na raiz é o véu.
Trata-se de alguma coisa que está sob um véu, sob um pano que não é muito
aparente, que é turvo, ou esquecido. Heidegger se propõe tanto a tirar esse véu
(des-velar) e de algum modo, ou a seu modo, mostrar o que há ali (revelar).
Em sua obra A origem da obra de arte (1950),
Heidegger afirmou que a arte é um dos meios pelos quais acontece a verdade. A
arte, como sendo uma das faces da estética, tem
a função de revelar a responsabilidade que acabe ao ser humano no preenchimento
do seu destino (SANTAELLA, 1994, p.92).
FONTES: (HUISMAN, Dicionário dos filósofos, 2001, p.472; COTRIM, Fundamentos da filosofia, 2005, p.216; CHALITA, Vivendo a filosofia, 2004, 400 p.)
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ResponderExcluirSenti necessidade de um esclarecimento mais amplo a respeito da teoria de Heidegger sobre a estética. Não é tão fácil encontrar a tese na íntegra, disponível na internet, mas gostei de conhecer um pouco sobre a estética de Heidegger.
Obrigada por disponibilizar.