Importa fazer uma ideia integral da ecologia, verdadeira cosmovisão. O astronauta americano [sic] que contemplou a Terra de longe, fora dela, viu-a como planeta azul. Excelente imagem da ecologia integral.
Primeiro, ele distanciou-se da Terra, saiu dela. Pôde vê-Ia como algo fora de si. Nunca o conseguimos fazer. Sempre a pensamos estando dentro dela. E, ao observá-la na sua beleza azul e resplendente, foi tomado de êxtase. Em segundo lugar, relativizou tudo o que existe dentro dela de diferenças, de vaidades, de arrogâncias, de poderes. Os seres humanos e a Terra se fundiram numa única realidade. "O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera".
Deslocamos o eixo de nosso existir. Giramos demasiadamente em tomo de nós mesmos, humanos. E o resto é o silêncio. Com a visão ecológica integral, situamo-nos com nossa pequenez nesse gigantesco oceano cósmico de bilhões de galáxias. Não estamos aqui principalmente para dominar o mundo, mas para contemplá-lo num longo sábado judaico e domingo cristão.
A sociedade moderna está a nos destruir a consciência da importância do sábado. A ecologia integral a reintegra. Não simplesmente no sentido religioso de cumprimento de uma obrigação, mas no prolongamento do ato criativo de Deus, que "abençoou o sétimo dia e o santificou" e "repousou de toda a obra da criação" (Gn 2,3).
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FONTE; (J. B. Libanio, sj. In: O Domingo – Semanário litúrgio-catequético. Nº42, 05/09/2010)
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