[...] Por isso eu suspirava, atado, não pelas férreas cadeias duma vontade alheia, mas pelas minhas, também de ferro.
O inimigo dominava o meu querer, e dele me forjava uma cadeia com que me apertava. Ora, a luxúria provém da vontade pervesa. enquanto se serve à luxúria, contrai-se o hábito; e, se não se resiste a um hábito, origina-se uma necessidade. Era assim que, por uma espécie de anéis entrelaçados - por isso lhes chamei cadeia - , me segurava apertado em dura escravidão. A vontade nova, que começava a existir em mim, a vontade Vos honrar gratuitamente e de querer gozar de Vós, ó meu Deus, único contentamento seguro, ainda não se achava apta parasuperar a outra votnade, fortificada pela concupiscência. Assim, duas vontades, uma concupiscente, outra dominada, uma carnal e outra espiritual, batalhavam mutuamente em mim. Discordando, dilaceram-me a alma (Confissões, VIII, pp.134-135) .
O inimigo dominava o meu querer, e dele me forjava uma cadeia com que me apertava. Ora, a luxúria provém da vontade pervesa. enquanto se serve à luxúria, contrai-se o hábito; e, se não se resiste a um hábito, origina-se uma necessidade. Era assim que, por uma espécie de anéis entrelaçados - por isso lhes chamei cadeia - , me segurava apertado em dura escravidão. A vontade nova, que começava a existir em mim, a vontade Vos honrar gratuitamente e de querer gozar de Vós, ó meu Deus, único contentamento seguro, ainda não se achava apta parasuperar a outra votnade, fortificada pela concupiscência. Assim, duas vontades, uma concupiscente, outra dominada, uma carnal e outra espiritual, batalhavam mutuamente em mim. Discordando, dilaceram-me a alma (Confissões, VIII, pp.134-135) .
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SANTO AGOSTINHO, Confissões, De magistro (Col. Os pensadores). São Paulo:Abril, 1987, 324p.
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