quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SARTRE, Jean-Paul

Jean-Paul Charles Aymard Sartre (21/06/1905 Paris - 15/04/1980 Paris) tornou-se o filósofo maus conhecido da corrente existencialista. Grande parte de sua fama deve-se não propriamente à usa obra filosófica, mas às usas peças de teatro e romances, dentre os quais se destacam A náusea, O muro (1938), A idade da razão (1939), O diabo e o bom Deus (1951).
Desde muito cedo começou a escrever e era incentivado pela mãe, pela avó, pelo tio (que o presenteou com uma máquina de escrever) e por uma professora, a sra. Picard, que via nele a vocação de escritor profissional. Aos poucos, o jovem Sartre passou a encontrar sua verdadeira vocação na escrita.
A principal obra filosófica de Sarte é O ser e o nada (1939). Nesta obra, ele ataca duramente a teoria aristotélica da potência. Para Satre, o ser é o que é. Trata-se, na linguagem satriana, do ente em-si. Esse ente "não é ativo, mas simplesmente repousa em si, maciço e rígido".
Mas, além do ente em-si, Sartre concebe a existência do ser especificamente humano, denominando-o ente para-si. O entre para-si específico do homem se opõe ao ente em-si, que reprsenta a plenitude do ser. Portanto, para Sarte, a caractrística tipicament humana é o nada: "um 'espaço aberto'; esse nada, próprio da existência, faz do home um ente não-estático, não-compacto acessível às possiblidades de mudança".
Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. Por este mesmo motivo recusava e repelia as distinções e as funções oficiais, tanto que se recusou a receber o Nobel de literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.


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Fontes: (JAPIASSU, Dicionário Básico de Filosofia, p.241; SÃO PAULO-SEE, Caderno do professor: filosofia, EM, 3ª S., V.3, pp.18-19; COTRIM, Fundamentos da filosofia, pp.219-220; CHALITA, Vivendo a Filosofia, pp.359-363; http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Paul_Sartre)

2 comentários:

  1. Tirou as dúvidas da minha cabeça, esse Satre era um doido, essa essência que restou dele.

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  2. Muito positivo o Existencialismo, posto que desprovido de infância. Impossível um recém-nascido ou uma criança de dois anos decidir sobre si própria. Até que seria bom, muitos iriam optar por andar sem fraldas, as quais mais apertam a virilha do que protegem. A Psicanálise, ao contrário, acompanha o ente desde o vente materno, até à morte. Isto é que é existência!

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